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domingo, 1 de fevereiro de 2009

1 Registro Diário dos Pensamentos Disfuncionais (RPD)

Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD) – Compulsão Alimentar.
Data
Hora
Situação
Pensamento
Sentimento
Comportamento












Data
Hora
Situação
Pensamento
Sentimento
Comportamento


















2 Modelo de Cinco Partes

Modelo de cinco partes


1- Mudanças ambientais/Situações de vida:



2- Reações físicas:



3- Humor:



4- Comportamento:



5- Pensamentos:



3 Estabelecimento da Rotina


Meu DIA










MANHÃ


1:00
2:00
3:00
4:00
5:00
6:00
7:00
8:00
9:00
10:00
11:00
12:00


TARDE

13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00

NOITE


19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
24:00






4 Inventário de depressão e ansiedade de Greenberger e Padesky


















































MATERIAIS UTILIZADOS NAS SESSÕES PARA ADULTO
Sessão: Data:
ESTABELECENDO A AGENDA

1______________________________________________________

2______________________________________________________

3______________________________________________________

4______________________________________________________

5______________________________________________________

6______________________________________________________

7______________________________________________________

8______________________________________________________

9______________________________________________________

10_____________________________________________________
Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática
INVENTÁRIO DE ANSIEDADE

Circule o número, em cada item, que melhor descreve o quanto você experimentou cada sintoma na ultima semana.


Nem um pouco
Às vezes
Frequentemente
A maior parte do tempo
1. Nervosismo
0
1
2
3
2. Preocupação freqüente
0
1
2
3
3. Tremores,espasmos musculares
0
1
2
3
4. Tensão muscular, dores muscular
0
1
2
3
5.Inquietação
0
1
2
3
6.Cansaço fácil
0
1
2
3
7.Respiração superficial
0
1
2
3
8.Batimento cardíaco acelerado
0
1
2
3
9.Transpiração não devido a calor
0
1
2
3
10.Boca seca
0
1
2
3
11.Tonteira,vertigem
0
1
2
3
12.Náusea, diarréia ou problemas estomacais
0
1
2
3
13.Urinação freqüente
0
1
2
3
14.Rubores (calores) ou cala frios
0
1
2
3
15.Dificuldade de engolir ou “bola na garganta”.
0
1
2
3
16.Sentindo-se tenso ou excitado
0
1
2
3
17.Facilmente assustado
0
1
2
3
18.Dificuldade de concentração
0
1
2
3
19.Dificuldade para pegar no sono ou dormir
0
1
2
3
20.Irritabilidade
0
1
2
3
21.Evitando lugares onde posso ficar ansioso
0
1
2
3
22.Pensamentos freqüente de perigo
0
1
2
3
23.Vendo-se incapaz de lidar com as dificuldades
0
1
2
3
24.Pensamentos freqüentes de algo terrível ira acontecer
0
1
2
3
Fonte: “ A mente vencendo o humor”




Fonte: GREENBERG E PADESKY- A mente vencendo o humor.


















Escores do inventário de ansiedade

Escore










72










69










66










63










60










57










54










51










48










45










42










39










36










33










30










27










24










21










18










15










12










09










06










03










0










Data










Fonte: GREENBERG E PADESKY- A mente vencendo o humor.


















Registro de pensamentos automáticos

Data
Situação
Pensamento automático
Reação





















































































Fonte: GREENBERG E PADESKY- A mente vencendo o humor














Sessão: Data:

Bons pensamentos sobre mim

Preencha os balões de pensamentos escrevendo os pensamentos bons que você tem de si mesmo (a).


Fonte: Bons pensamentos bons sentimentos- Manual de TCC para crianças e adolescentes.
Sessão: Data:

Pensamentos desagradáveis sobre mim

Preencha os balões de pensamentos escrevendo os pensamentos desagradáveis que você tem sobre si mesmo (a).
Fonte: Bons pensamentos bons sentimentos- Manual de TCC para crianças e adolescentes.

Lista de metas para terapia

Data __/__/__ Sessão n° _____



Meta n° 01 ___________________________________________________
____________________________________________________________

Meta n° 02 ___________________________________________________
____________________________________________________________

Meta n° 03 ___________________________________________________
____________________________________________________________

Meta n° 04 ___________________________________________________
____________________________________________________________
Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática






Relatório da terapia DATA ___/___/___
SESSÃO Nº______

1- O que você vivenciou hoje que é importante você lembrar?
______________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- Quanto você sentiu que pode confiar em seu terapeuta hoje?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3-Houve qualquer coisa que incomodou você em relação a terapia hoje? Se houve
o que foi?
___________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4-Quanta tarefa de casa você fez para a terapia hoje? Quão disposta você está a
fazer nova tarefa?
______________________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5- O que você deseja certificar-se de abordar na próxima sessão?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática













Sessão: Data:

Vantagens de diminuir gradativamente a terapia


_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________






Desvantagens Reestruturação

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________

_______________________ ________________________
Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática




Sessão: Data:

Progresso na terapia







TEMPO (SESSÕES)

Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática

Sessão: Data:

Cartão de enfrentamento

O que eu posso fazer em caso de recaída?













Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática




Sessão: Data:

GUIA PARA AS SESSÕES DE AUTO TERAPIA

1- Estabelecendo o roteiro
• sobre que tópicos ou situações importantes eu deveria pensar?

2- Revisar a tarefa de casa
• o que eu aprendi na terapia que posso usar sozinha?
• quando eu não fiz a tarefa de casa, em que isso me atrapalhou?
• o que eu posso fazer para não deixar de realizar as tarefas de casa?
• o que eu devo continuar a fazer como tarefa de casa?

3- Revisão da (s) semana (s) passada (s)
• além da tarefa de casa especifica, eu usei alguma ferramenta da terapia cognitiva (técnicas de relaxamento, registro de pensamento, inventário de ansiedade, leituras etc)?
• olhando para trás, seria mais vantajoso ter usado as ferramentas da terapia cognitiva?
• como eu lembrarei de usar as ferramentas da próxima vez?
• que coisas positivas aconteceram durante esta semana?
• algum problema surgiu? Eu soube administrá-lo ( de 0 a 100%)? Se o problema surgir novamente como o manejarei da próxima vez?

4- Pense sobre tópicos ou situações problemáticas atuais
• estou vendo esse problema de forma realista? Estou reagindo a ele exageradamente?
• há um outro modo de ver isso
• o que eu deveria fazer?


5- Prever problemas possíveis que podem ocorrer entre esse momento e a próxima sessão e pensar em como resolvê-los.

6- Pensar em caso de precisar de novas sessões
• em que circunstância deveria marcar nova sessão?
• quanto tempo deveria passar?
Fonte: BECK, Judith- Terapia Cognitiva: Teoria e Prática
















MATERIAIS UTILIZADOS NAS SESSÕES PARA CRIANÇA
Sessão: Data:
A charada SE/ENTÃO

Experimente a charada SE/ENTÃO. O que você acha que vai acontecer.


SE eu sou bom ENTÃO:


SE eu arranjo problemas ENTÃO:


SE eu cometo erros ENTÃO:


SE eu faço as coisas correto ENTÃO:


SE eu tenho amigos ENTÃO:


SE as pessoas gostam de mim ENTÃO:


SE eu faço as pessoas felizes ENTÃO:


SE eu deixo meus pais triste ENTÃO:


SE eu não sou gentil ENTÃO:


SE eu sou agradável com meus coleguinhas ENTÃO:


Fonte: Bons pensamentos bons sentimentos- Manual de TCC para crianças e adolescentes.








Sessão: Data:

O que penso, o que faço, como me sinto

Estes são PENSAMENTOS, SENTIMENTOS, ou o que FAÇO?


Vou fazer isso errado:

Raiva:

Tristeza:

Ir para a escola:

Brincar com os colegas:

Isso é muito bom:

Sou bom em fazer as pessoas rirem:

Contrariado:

Ficar sozinho:

As pessoas não gostam de mim:

Tomar um banho:

Feliz:

Tomar sorvete:

Ninguém jamais vai querer ser meu amigo:

Estressado:

Com medo:

Nunca vou passar nas provas:

Ir ao shopping:

Gosto de comer:

Gosto muito da minha avó:

Fonte: Bons pensamentos bons sentimentos- Manual de TCC para crianças e adolescentes.




Sessão: Data:

Termômetro do humor

Use a escala para indicar como você está se sentindo hoje.


10 ótimo

9

8

7 excelente

6

5

4 bom

3

2

1 muito mau


Fonte: Bons pensamentos bons sentimentos- Manual de TCC para crianças e adolescentes.









Sessão: Data:

Identifique os estados de humor dos rostos abaixo:


_________________________________

_________________________________

__________________________________

________________________________
________________________________

Fonte: FRIEDBERG, Robert D.- A pratica clinica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes.


















Sessão: Data:

Informe o que o garoto está pensando:












Fonte: FRIEDBERG, Robert D.- A pratica clinica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes.
Sessão: Data:

Informe o que o garoto está pensando e desenhe o rosto dele.









Fonte: FRIEDBERG, Robert D.- A pratica clinica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes.
CONTROLE DE CONTINGÊNCIA UTILIZADO NAS SESSÕES




Comportamentos positivos

* fazer as atividades da terapia.

*não pular no sofá.

*se concentrar nas atividades da terapia.

* fazer o que a psicóloga pedir.

* brincar apenas na hora que terminar todas as atividades da terapia.

* esperar a hora para brincar.

* se comportar direitinho na recepção quando for encontrar a mãe ao termino da sessão.




Comportamentos negativos

* não fazer as atividades da terapia.

* pular no sofá.

* ficar agitado na hora de fazer as atividades da terapia

* fazer de conta que não está ouvindo o que a psicóloga está pedindo.

* pedir o brinquedo antes de terminar as atividades da terapia.

* ficar insistindo para brincar antes da hora.

* ficar agitado, sentando no chão, indo diversas vezes ao bebedouro, fazendo barulho quando encontrar a mãe na recepção ao término da sessão.

















Comportamentos positivos























Comportamentos negativos

MÉTODOS DA TCC

MÉTODOS DE TCC APLICADOS EM GRUPO
Maria Inês Oliveira Santos

1.Registro de Pensamentos Automáticos
O registro de Pensamentos Automáticos refere-se ao exercício escrito que orienta os pacientes no processo de identificação de pensamentos, sentimentos e comportamentos em um dado momento. Yalom (2006) define esse mecanismo da seguinte forma: explicitar o que está implícito; conectar os pensamentos ao humor e ao comportamento.

Ex: “ Nunca vou conhecer alguém que me ache atraente”.
O terapeuta de grupo normalmente ensina os pacientes a concluir o registro de pensamento automático durante o atendimento, pois este é um exercício de construção de habilidades e reflete a natureza psicoeducacional da TCC (WHITE e FREEMAN, 2003).

2.Contestação dos Pensamentos

A TCC orienta os pacientes em um processo de contestação dos pensamentos, especialmente daqueles associados aos sintomas clínicos e comportamentos mal-adaptativos.
Yalom (2006) descreve este método como uma ferramenta em que se desafia as crenças negativas; identifica distorções no pensamento e explora os mais profundos pressupostos pessoais por trás dos pensamentos automáticos.

EX: “Como posso conhecer pessoas se continuo recusando convites para sair para um drinque após o trabalho?”.

Este método de contestar remete ao questionamento socrático, que pode trazer à tona as premissas subjacentes do paciente (WHITE e FREEMAN, 2003). A intenção deste questionamento não é persuadir o paciente em relação à incorreção dos pensamentos e sim, guiá-lo à descoberta de evidências que comprovem se tal crença é verdadeira ou não (KNAPP, 2004).

Modelo de Questionário dos Pensamentos Automáticos em Grupo
(WHITE e FREEMAN, 2003)
1. Quais são as evidências contra e a favor?
2. Há outra maneira de olhar para esta situação?
3. Essa é a única conclusão a que podemos chegar?

Ao contrário de somente identificar pensamentos como bons ou ruins, a TCC convida os participantes do grupo a refletir sobre as vantagens e desvantagens de determinadas premissas em comparação com outras.

3. Monitoração do Humor

É um método comportamental simples, que consiste em pedir ao paciente que classifique seu estado de espírito antes de iniciar cada sessão (é aplicado em todas as sessões). Geralmente é utilizado em casos de transtorno depressivo ou casos de transtorno bipolar.
Tem o objetivo de explorar a relação entre o humor, os pensamentos e os comportamentos (YALOM, 2006).

Ex: “ Acho que comecei a me sentir uma má pessoa depois que ninguém me convidou para almoçar hoje”.

Após o término da terapia, a continuação da monitoração do humor proporciona sinais prévios de perigo potencial e reforça a prevenção de recaída (WHITE e FREEMAN, 2003).
O meio mais completo de monitoração de humor na TCC é o Inventário de Depressão de Beck (BDI), pois permite aos pacientes comparar suas notas com extensas amostragens normativas, além de proporcionar uma análise da depressão por meio de várias avaliações no decorrer da terapia.

4.Hierarquia Emergente

Os pacientes são orientados a identificar os vários estímulos que os fazem sentir-se ansiosos e classificá-los do menos ao mais ameaçador. Dessa forma, pode-se destacar que este método é central nos processos de transtorno de ansiedade.
Em grupo, os pacientes irão escrever suas descrições dos ativadores de ansiedade. Em seguida, eles lêem em voz alta. Dessa forma o indivíduo compartilhará seus medos com os outros membros do grupo e estará refinando e especificando exatamente a natureza de cada ativador (BARLOW, 1993; citado por, WHITE e FREEMAN, 2003).
O autor supracitado descreve as etapas de forma mais detalhada:
a) Pede aos pacientes para ficarem atentos às suas reações físicas durante este exercício, como um meio adicional de conferir sua ansiedade;
b) Ao concluir essa etapa de identificação das atividades e as classificações da ansiedade, é solicitado aos pacientes que escrevam uma lista decrescente dos itens, partindo do mais ameaçador ao menos ameaçador;
c) Em seguida, sugere aos pacientes que verifiquem: o que eles podem observar do processo de ordenação levantados por eles mesmos; o que foi surpreendente; o que eles preferiam mudar.
d) Finaliza, com uma exposição gradual. É nesta etapa de acordo com o autor que, os pacientes determinam quais os itens eles desejam confrontar nas áreas mais baixas da hierarquia, com a finalidade de suprimir suas reações caracteristicamente ansiosas.

Yalom (2006), traz o seguinte exemplo:
Ex: Uma paciente com agorafobia avaliaria os locais que geram ansiedade, para que sejam pouco a pouco confrontadas, da mais fácil a mais difícil.

Um aspecto importante deste método é, que as pessoas no grupo aprendem a colaborar como se fossem cientistas interessadas no estabelecimento de circunstâncias favoráveis para experimentar em seu próprio crescimento terapêutico (WHITE e FREEMAN, 2003).

5.Monitoração de Atividades

Os pacientes escrevem as atividades em um determinado período, geralmente as atividades executadas entre o intervalo de uma sessão e outra. Yalom (2006) descreve que este método tem a finalidade de verificar quanta energia e tempo foram gastos.

Ex: “Monitorar quanto tempo se perde ruminando sobre a competência no trabalho das tarefas exigidas”.

A monitoração das atividades leva naturalmente ao planejamento das atividades, no qual o paciente poderá traçar, para si mesmo, metas para utilizar seu tempo de forma mais benéfica. É importante que seja solicitado ao paciente que avalie a maestria e o prazer nas atividades, hora após hora, durante todo o dia. Além disso, o terapeuta antes de incentivar um paciente a tentar monitorar suas atividades, ele poderá considerar comprometer-se a fazer o mesmo em sua vida cotidiana (WHITE e FREEMAN, 2003).


6.Resolução de problemas

De acordo com Yalom (2006), este método é caracterizado a partir dos desafios das crenças feitas ao paciente pelo terapeuta em relação a sua incompetência, decompondo um problema em componentes instrumentais e solucionáveis, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas cotidianos.
Essa crença, para WHITE e FREEMAN (2003), parece estar mais enraizada entre indivíduos com distúrbios ansiosos. De acordo com o autor, a TCC em grupo traz como uma das diversas propostas proporcionar ao paciente uma experiência construtiva ao abordar os problemas da vida cotidiana encontrando uma solução para elas.
Este método de acordo com o autor supracitado, tem como proposta facilitar um processo no grupo que irá gerar respostas adaptativas aos problemas imediatos, o facilitador será o terapeuta. Conseqüentemente irá procurar revisar os velhos comportamentos que não funcionam mais e determinarão quais respostas se encaixam melhor.
É importante ressaltar em relação aos estágios iniciais do grupo que este método, os participantes tendem a tomar seus problemas como diferentes, daqueles das outras pessoas do grupo. Com a consolidação do grupo, as pessoas passam a reconhecer que muitas questões são as mesmas para todos (WHITE e FREEMAN, 2003).

7.Relaxamento

O autor supracitado descreve que uma premissa básica da TCC é que a terapia só no âmbito da conversa fica bastante exaustiva. Então, como grande parte dos pacientes experimentam tensão física, os terapeutas da TCC utilizam um poderoso instrumento aos pacientes que é o relaxamento, que tem a finalidade de sobrepor o estresse físico que toma conta do corpo.
O objetivo desse método é reduzir a tensão emocional através do relaxamento muscular progressivo, imaginação conduzida e exercícios de respiração e meditação (Yalom, 2006).

8. Avaliação de Risco
O QUE PODE ACONTECER SE .......
De acordo com o mesmo autor, este método é utilizado na TCC com a finalidade de identificar a fonte do sentido de ameaça dos pacientes e dos recursos que eles têm para enfrentar essas ameaças.

Ex: Um paciente que sofre com ataques de pânico e que traz como crença que essas crises são ataques cardíacos. O terapeuta examina essa crença e lembra o paciente de que ele pode usar a respiração profunda para se acalmar.

O terapeuta pode tranqüilizar o paciente realizando essa avaliação de risco, com a certeza de que existe algum ativador possível de se definir. A avaliação do risco ajuda clientes e terapeuta a enxergarem quais são de fato as origens das ameaças, além de fornecer uma leitura dos recursos dos pacientes para lidar com os riscos, produzindo um coeficiente de capacidade de risco (WHITE e FREEMAN, 2003).
De acordo com autor, através deste método, durante todo o processo terapêutico, os pacientes examinam as evidências reais de suas vidas para obter uma sensação mais verdadeira de risco e recursos. Portanto, através deste método, a TCC no grupo irá apoiar a exploração, com responsabilidade, de diferentes perspectivas sobre o risco e os recursos, ficando a cargo de cada indivíduo o que fazer em relação a este processo.


9.Protocolo do tratamento

É uma abordagem terapêutica integrada, que inclui todos os elementos-chave (métodos descritos e outros) comprovadamente úteis. Dessa forma, de acordo com o autor, haverá uma construção das partes para o todo. Este método tem a finalidade de abordar um conjunto básico de habilidades clínicas que orientam terapeuta e pacientes em seu desenvolvimento, mas para que seja efetivo e útil é necessário que haja um bom relacionamento colaborativo entre paciente e terapeuta (WHITE e FREEMAN, 2003).

10. Prevenção de Recaída

Segundo White e Freeman (2003), este método é uma parte essencial do processo de finalização do grupo terapêutico, já que a própria TCC tende a reconhecer que muitos dos problemas tratados em terapia tendem a ocorrer novamente durante o decorrer da vida de uma pessoa devido a fatores biológicos e culturais. Portanto, a intenção desta linha teórica é abordar os problemas do paciente com a finalidade de oferecer a eles um conjunto sólido de habilidades para a vida, em vez de visar somente a cura.
As últimas sessões consolidam os ganhos e identificam situações futuras que poderiam desencadear uma recaída (YALOM, 2006), trabalhando a prevenção da recaída através da programação de sessões de reforço, realizadas eventualmente com o grupo no futuro (WHITE e FREEMAN, 2003).
11. Agenda diária
· Combinar com os participantes o que será realizado e discutido na sessão.
12. Estabelecimento e reavaliar metas
YALOM, I, D. Psicoterapia de Grupo teoria e prática. Porto Alegre, Artmed, 2006.

DISTORÇÕES COGNITIVAS

DISTORÇÕES COGNITIVAS E MODELO COGNITIVO
Maria Inês Oliveira Santos

A lista de distorções cognitivas é composta por diversos elementos, dentre eles estão: catastrofização, raciocínio emocional, pensamento tudo-ou-nada, abstração seletiva, adivinhação, leitura mental, rotulação, desqualificação do positivo, minimização e maximização, personalização, hipergeneralização, imperativos, vitimização e questionalização (KNAPP, 2004).
Modelo Cognitivo
CRENÇA CENTRAL

CRENÇA INTERMEDIÁRIA

SITUAÇÃO ß PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS à REAÇÕES
à EMOCIONAL
à COMPORTAMENTAL
à FISIOLÓGICA

Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátricos: Knapp (2004).

Knapp (2004), relata que para haja uma boa conceituação cognitiva do caso, o terapeuta deve questionar e investigar no seu paciente os seguintes aspectos:
1. O diagnóstico clínico;
2. Os problemas atuais e os fatores estressores precipitantes que contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolvê-los;
3. As aprendizagens e experiências antigas que contribuem para seus problemas atuais;
4. As predisposições genéticas e familiares;
5. Seus pensamentos automáticos;
6. Suas crenças subjacentes (incluindo atitudes, expectativas, regras e pressupostos);
7. Suas crenças nucleares;
8. Os mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais que ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais;
9. Como ele percebe a si mesmo, os outros e o mundo.

Segundo Yalom (2006), os terapeutas cognitivos-comportamentais tentam acessar e esclarecer os pensamentos automáticos por meio da investigação, do questionamento socrático e estimulando a auto-exploração e o automonitoramento. Para ele, quando estes pensamentos modelam o comportamento, o humor e o sentido do self são identificados. Ddessa forma, o terapeuta dará início a uma exploração das crenças condicionais do paciente. Esta testagem levará a uma identificação maior das crenças fundamentais do paciente, ou seja, aquelas que residem no centro da visão que o indivíduo tem de si mesmo.
White e Freeman (2003), em seus estudos, identificaram que a terapia cognitivo-comportamental pode auxiliar na reestruturação cognitiva, a qual envolve ajudar o paciente a modificar a constelação de crenças que o definem para si mesmo e para o mundo. Além disso, os autores descrevem que este processo terapêutico de reestruturação de crenças atribui ao paciente uma experiência dos resultados positivos imediatos, aprendendo a sustentá-los por si mesmo depois do término da terapia. A angústia e os sintomas psicológicos quase sempre significam que crenças centrais negativas ganharam ascendência.
Referências:
KNAPP, P. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre, Artmed, 2004.
WHITE, J. R; FREEMAN, A. S. Terapia cognitivo-comportamental em grupo para Populações e Problemas Específicos. São Paulo; Roca; 2003.
YALOM, I, D. Psicoterapia de Grupo teoria e prática. Porto Alegre, Artmed, 2006.

A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A TCC: PRESSUPOSTO, OBJETIVOS, APLICAÇÃO E TÉCNICAS
Maria Inês Oliveira Santos

A visão teórica da TCC está baseada na idéia de que os sentimentos e os comportamentos do indivíduo são determinados pelo modo como ele estrutura o mundo e suas cognições. Deste modo, a finalidade do terapeuta Cognitivo-Comportamental é produzir mudanças cognitivas, isto é, mudanças no pensamento e nas crenças do paciente com o objetivo de que ocorra uma transformação emocional e comportamental duradoura (CORDIOLI, 2008).
Segundo Hawton (1997), grande parte do tratamento da TCC fundamenta-se no aqui e agora, tendo como principal foco ajudar a promover mudanças na vida das pessoas que buscam a psicoterapia. A solução de problemas constitui uma parte importante para enfrentar estes mesmos problemas identificados com o terapeuta.
Através desta abordagem, o paciente pode identificar distorções cognitivas, corrigi-las e apresentar melhora clínica, ou seja, com ela o paciente reavalia e corrige seus pensamentos. Ele é educado a agir e a pensar de modo mais realista e adaptado em relação aos seus problemas psicológicos, reduzindo, assim, os seus sintomas (CORDIOLI e cols, 2008).
O primeiro passo no processo terapêutico é explicar ao paciente o modelo cognitivo, o que são os pensamentos automáticos e como identificá-los, se são funcionais ou disfuncionais, o foco da TCC é trabalhar os últimos, modificando-os para redução dos sintomas. Após aliviar os sintomas, o foco passa a ser as crenças que sustentam os pensamentos disfuncionais.
Por meio da TCC, o paciente pode identificar seus pensamentos automáticos e crenças, consequentemente, apresentar melhora clínica.
A terapia cognitivo-comportamental, trata, conforme Ito (1998):
• depressão;
• fobia social;
• fobias específicas;
• transtorno de pânico;
• transtorno de estresse pós-traumático;
• transtorno obsessivo-compulsivo;
• dependência de substâncias psicoativas;
• disfunções sexuais;
• transtornos alimentares;
• transtornos de ansiedade na infância e na adolescência.

A terapia cognitiva é também indicada para pacientes de diferentes níveis sociais, de educação; ela foi adaptada para trabalho com idoso, criança e também para o trabalho com grupos, terapia de casais e para terapia familiar. O terapeuta busca de toda maneira produzir mudanças cognitivas, ou seja, no comportamento ou no sistema de crenças do paciente, com o objetivo de promover mudança emocional e comportamento duradouro. Na terapia cognitiva existem dez princípios, os quais são necessários para obtenção de resultados positivos (BECK, 1997):

Princípio N º 1- A terapia cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos;

Princípio N º 2 – A terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura;

Princípio N º 3 – A terapia cognitiva enfatiza colaboração e participação ativa do paciente no processo terapêutico;

Princípio N º 4 – A terapia cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas;

Princípio N º 5 – A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o problema;

Princípio N º 6 – a terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza prevenção de recaída;

Princípio N º 7 – A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado;

Princípio N º 8 – As sessões de terapia cognitiva são estruturadas;

Princípio N º 9 – A terapia cognitiva ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais;

Princípio N º 10 - A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, humor e comportamento.

Aplicação de Técnicas Cognitivo-Comportamental:
De acordo com Rangé (2001), as técnicas utilizadas na Terapia Cognitiva- Comportamental têm sido demonstradas de modo eficaz por estudos empíricos realizados ao longo dos últimos anos. Atualmente dispõe-se de uma ampla gama de tratamento de diversos problemas psiquiátricos, tais como: transtorno de ansiedade, depressão, disfunção sexual, distúrbios obsessivos compulsivos e alimentares.
As técnicas psicoterapêuticas da TCC seguem alguns princípios, pois se baseiam em idéias de que mudar as cognições ou comportamentos, reduz os sintomas e pode auxiliar pacientes portadores de uma variedade de problemas a buscar da solução (SUDAK, 2008).
O referencial metodológico e prático da teoria Cognitivo-Comportamental permite que se utilizem várias técnicas, tanto individuais como em grupo, com o intuito de se trabalhar habilidades de relacionamento, estilo de vida, ajustamento social, redução do estresse, resolução de problemas etc., permitindo, assim, mais controle sobre a situação (CABALLO, 1996). Vale ressaltar que a TCC é uma abordagem a qual enfatiza a psicoeducação.
Conforme Sudak (2008), cada sessão da TCC tem uma estrutura específica, o que se dá devido a várias razões, pois esta estrutura garante que qualquer mudança nos sintomas ou exacerbação do transtorno seja determinada no começo da sessão.
Isto quer dizer, a terapia emprega tratamentos comportamentais que incluem o uso da aplicação de tarefas graduais, nos quais pacientes desenvolvem uma lista com objetivos que não costumavam buscar ou de problemas que não resolviam, porque tinham pensamentos disfuncionais os quais interferiam nessas atividades.
Durante o processo terapêutico, várias técnicas são ensinadas ao paciente, para que ele próprio possa identificar pensamentos, emoções, e que, por meio de cada atividade, aprenda a resolver melhor seu problema.
Os terapeutas Cognitivo-Comportamentais, além da entrevista utilizam-se de outros instrumentos para complementar na sua avaliação e busca de resolução dos casos. Embora existam muitas, as mais utilizadas como instrumentos terapêuticos e educativos são: Registro do Pensamento ou Auto-Monitoria (Greenberg e Padesky, 1999); inventários Beek de Depressão-BDI (Beek, Ward, Mendeslson, Mack & Erbaugh, 1961), da Ansiedade – BAI (Beek & Steer, 1990); Inventário de Assertividade (Gambrill e Rickey, 1985) para avaliar as habilidades sociais, escala Yale-Brown para transtorno obsessivo compulsivo Y-BOCS (Goodman & Cols, 1989) que identifica os sintomas, duração, interferência, resistências do cliente, dentre outros (RANGÉ, 2001).
De acordo com Dattílio & Freeman (2004), é importante que o trabalho terapêutico se estenda através de ”Tarefas entre sessões”, que o paciente deve levar para si fora do setting terapêutico. É dessa forma que se evita a “dependência crônica” do paciente ao terapeuta. Sabemos que tem que existir a dependência entre o paciente e o terapeuta, mas só em forma de enfrentamento de crises. As tarefas entre sessões também são importantes para reforçar o trabalho terapêutico, dar um maior foco à terapia, principalmente em paciente com pouca autonomia.
A tarefa precisa fluir do material trabalhado na sessão, em vez de ser anexado no final da sessão simplesmente porque a TCC “deve” fluir. Quanto mais significativa e colaborativa a tarefa, maior a probabilidade de o paciente concordar com o regime terapêutico. O objetivo dessas tarefas devem ser claros e operacionais. O ideal é selecionar de três a quatro tarefas para cada intervalo entre sessões, solicitando o registro dos exercícios num caderno específico e propondo a freqüência e o tempo que o paciente deverá dedicar-se a elas (Sudak, 2008).
Sugestões para o bom andamento da terapia, segundo o medelo cognitivo abaixo:
• Estabeleça um relacionamento com o paciente e construa um rapport;

• Faça uma avaliação inicial gravidade da situação de crise;

• Ajude o paciente a avaliar e mobilizar suas forças e recursos;

• Trabalhem juntos para criar um plano positivo de ação;

• Teste ideias e novos comportamentos.



CABALLO, V. E. (Ed). Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento. São Paulo: Livraria Santos Editora, 1996.
CORDIOLI, Aristides Volpato (Org.) Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.
DATTILIO, E. M. & FREEMAN A. Estratégias Cognitivo- Comportamentais de intervenção em situações de crise. Porto Alegre: Artmed, 2004.
HAWTON, Keith (Et.al.) Terapia cognitivo-comportamental para problemas psiquiátricos: um guia prático. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
RANGÉ, B. Psicoterapia Cognitivo-Comportamentais: Um Diálogo com a Psiquiatria. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
SUDAK, Donna M. Terapia Coginitivo-Comportamental na Prática. Tradução de Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2008.

domingo, 29 de junho de 2008

Organização do texto e idéia central

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E IDÉIA CENTRAL
Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias seletas e organizadas, através dos parágrafos que são compostos pela idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto.
Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas:
Declaração inicial; Definição; Divisão; Alusão histórica.
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a idéia central extraída de maneira clara e resumida.
Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.
OS TIPOS DE TEXTO
Basicamente existem três tipos de texto: Texto narrativo; Texto descritivo; Texto dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção.
DESCRIÇÃO
Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.
O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto.
Há duas descrições: Descrição denotativa; Descrição conotativa.
DESCRIÇÃO DENOTATIVA
Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário.
Exemplo: Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação.

No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a CEAGEPE.
DESCRIÇÃO CONOTATIVA: Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência.
Exemplo: João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto.
Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.
NARRAÇÃO
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo.
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas:
Quem participa nos acontecimentos? (personagens);
O que acontece? (enredo);
Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).
Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos:
O quê? - Fato narrado;
Quem? – personagem principal e o anti-herói;
Como? – o modo que os fatos aconteceram;
Quando? – o tempo dos acontecimentos;
Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento;
Por quê? – a razão, motivo do fato;
Por isso: - a conseqüência dos fatos.
No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens. Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo.
A seguir um exemplo de texto narrativo:
Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. (Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo)
A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.
Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa.
Exemplo:
Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei:
- Compadre por que tanta tristeza?
Ele me respondeu:
- Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste.
Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá sido o destino?

Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa.
Exemplo:
O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima.
O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time. Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida.
Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida.
FORMAS DE DISCURSO: Discurso direto; Discurso indireto; Discurso indireto livre.
DISCURSO DIRETO - É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
- Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;

- Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula.
Exemplo:
O juiz disse:
- O réu é inocente.
DISCURSO INDIRETO - É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc.
Exemplo:
O juiz disse que o réu era inocente.
DISCURSO INDIRETO LIVRE - É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas.
Exemplo:
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos).

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Processo Psicológico Básico: Aprendizagem


















Tipos de fichamento

TIPOS DE FICHAMENTO
Profª Maria Inês Oliveira

Ficha Bibliográfica: é a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
Exemplo:
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1)
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade (2)
......................................................................................... (3)
2. (4)

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) Insere-se no campo do estudo da História e da Antropologia Social. A autora se utiliza de fontes secundárias, colhidas através de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano 1500 de nossa era. Além da evolução histórica da condição feminina, a autora desenvolve alguns tópicos específicos da luta das mulheres pela condição cidadã. Conclui fazendo uma análise de cada etapa da evolução histórica feminina, deixando expressa sua contradição ao movimento pós-feminista, principalmente às idéias de Camile Paglia. No final da obra faz algumas indicações de leituras sobre o tema Mulher. (5)

Observação: Neste e nos outros exemplos de Fichas os números entre parêteses representam o que está explicado abaixo:
(1) - Título do trabalho(*). (2) - Seção primária do trabalho(*). (3) - Seção secundária e terciária do trabalho, se houver(*). (4) - Numeração do item a que se refere o fichamento(*). (5) - Comentários ou anotações do pesquisador sobre a obra Ficha de Resumo ou Conteúdo: é uma síntese das principais idéias contidas na obra. O pesquisador elabora esta síntese com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra. Exemplo:
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade
.........................................................................................
2.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na sua própria vivência nos movimentos feministas, como um relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), República (1889-1930), Segunda República (1930-1964), Terceira República e o Golpe (1964-1985), o ano de 1968, Ano Internacional da Mulher (1975), além de analisar a influência externa nos movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses períodos é lembrado os nomes das mulheres que mais se sobressaíram e suas atuações nas lutas pela libertação da mulher. A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de São Paulo, a participação das mulheres na luta armada, a luta por creches, violência, participação das mulheres na vida sindical e greves, o trabalho rural, saúde, sexualidade e encontros feministas. Depois de suas conclusões onde, entre outros assuntos tratados, faz uma crítica ao pós-feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para leitura.


Observação: Existem dois tipos de resumos:
a) Informativo: são as informações específicas contidas no documento. Nesta ficha pode-se relatar sobre objetivos, métodos, resultados e conclusões. Sua precisão pode substituir a leitura do documento original.
b) Indicativo: são descrições gerais do documento, sem entrar em detalhes da obra analisada (o exemplo acima refere-se a um resumo indicativo).
Ficha de Citações: é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do trabalho.
Exemplo:
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade
.........................................................................................
2.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) "Uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Brasileira Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como a educação e a emancipação da mulher e a instauração da República." (p. 30) “Sou neta, sobrinha e irmã de general” (...) “Meu irmão, Antônio Mendonça Molina, vinha trabalhando há muito tempo no Serviço Secreto do Exército contra os comunistas. Nesse dia, 12 de junho de 1962, eu tinha reunido aqui alguns vizinhos, 22 famílias ao todo. Era parte de um trabalho meu para a paróquia Nossa Senhora da Paz. Nesse dia o vigário disse assim: ‘Mas a coisa está preta. Isso tudo não adianta nada porque a coisa está muito ruim e eu acho que se as mulheres não se meterem, nós estaremos perdidos. A mulher deve ser obediente. Ela é intuitiva, enquanto o homem é objetivo’.” (Amélia Molina Bastos apud Teles, p. 54) "Na Justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a alegação de defesa de honra." (p. 132)