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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Processo Psicológico Básico: Aprendizagem


















Tipos de fichamento

TIPOS DE FICHAMENTO
Profª Maria Inês Oliveira

Ficha Bibliográfica: é a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
Exemplo:
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1)
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade (2)
......................................................................................... (3)
2. (4)

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) Insere-se no campo do estudo da História e da Antropologia Social. A autora se utiliza de fontes secundárias, colhidas através de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano 1500 de nossa era. Além da evolução histórica da condição feminina, a autora desenvolve alguns tópicos específicos da luta das mulheres pela condição cidadã. Conclui fazendo uma análise de cada etapa da evolução histórica feminina, deixando expressa sua contradição ao movimento pós-feminista, principalmente às idéias de Camile Paglia. No final da obra faz algumas indicações de leituras sobre o tema Mulher. (5)

Observação: Neste e nos outros exemplos de Fichas os números entre parêteses representam o que está explicado abaixo:
(1) - Título do trabalho(*). (2) - Seção primária do trabalho(*). (3) - Seção secundária e terciária do trabalho, se houver(*). (4) - Numeração do item a que se refere o fichamento(*). (5) - Comentários ou anotações do pesquisador sobre a obra Ficha de Resumo ou Conteúdo: é uma síntese das principais idéias contidas na obra. O pesquisador elabora esta síntese com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra. Exemplo:
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade
.........................................................................................
2.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na sua própria vivência nos movimentos feministas, como um relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), República (1889-1930), Segunda República (1930-1964), Terceira República e o Golpe (1964-1985), o ano de 1968, Ano Internacional da Mulher (1975), além de analisar a influência externa nos movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses períodos é lembrado os nomes das mulheres que mais se sobressaíram e suas atuações nas lutas pela libertação da mulher. A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de São Paulo, a participação das mulheres na luta armada, a luta por creches, violência, participação das mulheres na vida sindical e greves, o trabalho rural, saúde, sexualidade e encontros feministas. Depois de suas conclusões onde, entre outros assuntos tratados, faz uma crítica ao pós-feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para leitura.


Observação: Existem dois tipos de resumos:
a) Informativo: são as informações específicas contidas no documento. Nesta ficha pode-se relatar sobre objetivos, métodos, resultados e conclusões. Sua precisão pode substituir a leitura do documento original.
b) Indicativo: são descrições gerais do documento, sem entrar em detalhes da obra analisada (o exemplo acima refere-se a um resumo indicativo).
Ficha de Citações: é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do trabalho.
Exemplo:
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade
.........................................................................................
2.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) "Uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Brasileira Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como a educação e a emancipação da mulher e a instauração da República." (p. 30) “Sou neta, sobrinha e irmã de general” (...) “Meu irmão, Antônio Mendonça Molina, vinha trabalhando há muito tempo no Serviço Secreto do Exército contra os comunistas. Nesse dia, 12 de junho de 1962, eu tinha reunido aqui alguns vizinhos, 22 famílias ao todo. Era parte de um trabalho meu para a paróquia Nossa Senhora da Paz. Nesse dia o vigário disse assim: ‘Mas a coisa está preta. Isso tudo não adianta nada porque a coisa está muito ruim e eu acho que se as mulheres não se meterem, nós estaremos perdidos. A mulher deve ser obediente. Ela é intuitiva, enquanto o homem é objetivo’.” (Amélia Molina Bastos apud Teles, p. 54) "Na Justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a alegação de defesa de honra." (p. 132)

O que é Psicopedagogia?

1. O que é a psicopedagogia?A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.1. Quem são os psicopedagogos?São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.2. Onde atuam?O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).3. Como se dá o trabalho na clínica?O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), histórias, material pedagógico etc.Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá atrapalhar a investigação. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.4. O diagnostico é composto de quantas sessões?Geralmente faz-se o diagnóstico entre 8 a 10 sessões. O ideal é que haja duas sessões por semana.5. E depois do diagnóstico?O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Ele poderá perceber também, que o problema esteja na escola, então possivelmente ele recomendará uma troca de escola.6. E o tratamento psicopedagógico?O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. Neste caso, este último solicitará o informe psicopedagógico para análise.Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem.O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e pode dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões.7. Como se dá o trabalho na Instituição? O psicopedagogo na instituição escolar poderá:- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;- conversar com os pais para fornecer orientações;- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.8. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

correntes teóricas da aprendizagem


































Correntes teóricas da aprendizagem












Teoria da Aprendizagem Social: Bandura

TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
Albert Bandura (1925-) é doutor em psicologia social. Nasceu no Canadá. Licenciou-se em Psicologia na Universidade de British Columbia, em 1949. Em 1952 doutourou-se na Universidade de Iowa, onde entrou em contato com a tradição condutista e a teoria da aprendizagem. Em 1953 começou seu trabalho como professor na Universidade de Stanford.
Entre seus livros mais importantes cabe citar: Principles of Behavior Modification (1969); Aggression: A Social Learning Analysis (1973); Social Leaning Theory (1977); Thought and Action (1985) y Self-Efficacy: The Exercise of Control (1997).
Referências:
Æhttp://www.sea.pucminas.br/html/Disciplinas/SlidesIF/dissertacao/Cap2.htm
Æhttp://www.eps.ufsc.br/teses99/casas/
Æhttp://psicologia.usal.es/bandura.htm
Æ Woolfolk, Anita E. Psicologia da educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
Aquisição de conhecimento (aprendizagem) e desempenho observável baseado naquele conhecimento (comportamento).
Enfatiza a importância da observação e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas emocionais dos outros.
Eventos ambientais (recursos, conseqüências de ações e ambiente físico), pessoais (crenças, expectativas, atitudes e conhecimento) e comportamentos (atos individuais, escolhas e declarações verbais) interagem no processo de aprendizagem (DETERMINISMO RECÍPROCO).
"O aprendizado seria excessivamente trabalhoso, para não mencionar perigosos, se as pessoas dependessem somente dos efeitos de suas próprias ações para informá-las sobre o que fazer. Por sorte, a maior parte do comportamento humano é aprendido pela observação através da modelagem. Pela observação dos outros, uma pessoa forma uma idéia de como novos comportamentos são executados e, em ocasiões posteriores, esta informação codificada serve como um guia para a ação." (Bandura, 1977, p22).

Æ Aprendizagem ativa é aprender, fazendo (e experimentando as conseqüências da ação).
Æ Aprendizagem indireta é aprender, observando os outros.
Aprendizagem por observação
a) Por intermédio de reforço indireto: recompensa ou punição de outrem
b) Pela expectativa de ser reforçado pelo domínio
c) Pela identificação com o modelo admirado ou de status elevado
Os processos componentes que estão por trás do aprendizado pela observação são:
(1) Atenção, incluindo os eventos apresentados (clareza, valência afetiva, complexidade, freqüência, valor funcional) e as características do observador (capacidades sensoriais, nível de atenção despertada, conjunto de percepção, reforço anterior),
(2) Retenção, incluindo codificação simbólica, organização cognitiva, ensaio simbólico, ensaio motor),
(3) Reprodução motora, incluindo capacidades físicas, auto-observação da reprodução, exatidão do retorno
(4) Motivação, incluindo reforço externo, indireto e próprio controle dos próprios reforçadores).
Auto-regulação e modificação cognitiva do comportamento
Automanejo: programa de mudança de comportamento básico (estabelecimento de objetivos, observação de seu próprio trabalho, manutenção de registros e avaliação do próprio desempenho, seleção e liberação de reforço).
a) estabelecimento de objetivos específicos, tornando-os públicos
b) registro e avaliação de progresso através de mapa, diário, listagem com a freqüência ou duração dos comportamentos em questão
c) auto-reforço
Auto-instrução e modificação cognitiva do comportamento
a) um modelo adulto realiza uma tarefa enquanto fala consigo mesmo em voz alta (modelagem cognitiva)
b) a criança realiza a mesma tarefa sob direção das instruções do modelo (orientação aberta, externa)
c) a criança realiza a tarefa enquanto instrui a si mesma em voz alta (auto-orientação, aberta)
d) a criança murmura as instruções para si mesma enquanto realiza a tarefa (auto-orientação, aberta, enfraquecida)
e) a criança realiza a tarefa enquanto orienta seu desempenho por meio de fala privada (auto-instrução velada)
Âmbito/Aplicação:
Æ compreensão das desordens agressivas (Bandura, 1973) e psicológicas, em especial no contexto da modificação do comportamento (Bandura, 1969).
Æ técnica de modelagem de comportamento que é muito usada em programas de treinamento.
Exemplo:
Os comerciais sugerem que, ao consumir certa bebida, ou usar um determinado xampu, vamos nos tornar populares e ganhar a admiração de pessoas atraentes. Dependendo dos processos dos componentes envolvidos (como atenção ou motivação), podemos fazer um modelo do comportamento mostrado no comercial e comprar o produto que está sendo anunciado.
Princípios:
1. O nível mais alto de aprendizado de observação é alcançado, primeiro, organizando e ensaiando o comportamento-modelo de modo simbólico e, depois, representando-o publicamente. A codificação de um comportamento modelado em palavras, rótulos ou imagens, resulta em retenção mais eficiente do que aquela proporcionada pela observação.
2. É mais provável que os indivíduos adotem um comportamento como modelo se ele produzir resultados que eles valorizam.
3. É mais provável que os indivíduos adotem um comportamento como modelo, se o modelo for parecido com o observador.
CONCEITOS
Auto-eficácia: senso de uma pessoa de ser capaz de lidar efetivamente com uma tarefa particular
Modelagem: mudança no comportamento, pensamento, ou emoções que ocorrem por meio da observação de uma outra pessoa - um modelo.
Modificação cognitiva do comportamento: procedimentos baseados nos princípios comportamentais e cognitivos de aprendizagem para mudar seu próprio comportamento, usando fala privada e auto-instrução
Auto-instrução: falar consigo mesmo, executando os passos de uma tarefa